quinta-feira, 16 de maio de 2013

Coimbra, 16 de Maio de 1977


ESTERTOR

Meu jeito de cantar, minha fortuna!
A única que tive…
Vai-me roubar a morte, qualquer dia,
Esta imensa riqueza que aumentava
Quanto mais a gastava
E repartia…

Meu condão de poeta! Meu carisma!
Minha chama divina!
E terei de perder
Este dom de criar a claridade
Na densa opacidade
Do meu ser!

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