segunda-feira, 20 de maio de 2013

20 de Maio de 1978

Como é sabido, foram os mestres do «bestiológico» que decretaram que a mulher encarregada de funções embaixatoriais passasse a chamar-se embaixadora, reservando-se o título de embaixatriz para as meramente esposas dos embaixadores. Com o nosso hábito da macaqueação, adoptámos logo a «novidade». Gostaria eu que eles nos explicassem porque é que não sujeitaram à mesma regra genial uma Catarina da Rússia, uma Maria José da Áustria, uma Teodora bizantina, ou qualquer das muitas imperatrizes por direito próprio ou assumido, passando a chamar-lhes imperadoras! Quanto à Josefina e à Maria Luísa de Napoleão, à Eugénia de Napoleão III ou à Carlota de Maximiliano do México, as só esposas, essas continuariam a rimar honestamente com as meretrizes. E por falarmos nisso. Não poderiam inverter a regra, chamando meretor ao profissional do meretrício masculino, que existe?... Ou não lhes parece lógico? Corno actriz, actor? Em francês diz-se Madame le Professeur, Madame le Docteur... Mas as peculiaridades linguísticas não são matéria de discussão!

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