domingo, 5 de maio de 2013

5 de Maio de 1978


Compreende-se uma revolução feita para derribar uma desordem consolidada: mas não a que lhe substitui trezentas desordens e confusões.
Pleonasmo por tantos anos desapercebido: Polícia Cívica, Polícia, de polis, quê é cidade; e cívica, de civis, que é cidadão, e deu civitas, comunidade ou cidade. Politia, do grego politeia, era de facto Estado ou Cidade.
Um presidente, um chefe de governo, um partido (legal, parlamentar), um congresso, um líder, etc., podem com legitimidade apelar para o órgão militar, a fim de nos fazer sair de um gâchis político. Tanto mais que foram militares que fizeram a Revolução, e que a Constituição lhes reconhece um papel de vigilância e até de intervenção política.
«Que um sujeito gaste mil palavras para nos dizer alguma coisa, ainda vá; mas que ele use quinhentas mil para não dizer nada – isso bolas!», diz o Alípio.
O que assombra é que uma dúzia, ou menos, de cavalheiros ignorantes, estúpidos, e até alguns mal-intencionados, consigam manter intrujados por esse mundo não sei quantos milhões de inocentes e até de instruídos cidadãos.
O Sr. Begin ficou tão nervoso depois do seu primeiro encontro com Sadat, chefe do Governo egípcio, que ao chegar a casa correu a tomar um SADATivo! – diz ainda o Alípio.

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