S. Martinho de Anta, 30 de Junho de 1974
– Lá fui falar a Sabrosa,
movido por um imperativo moral. No momento confuso que atravessamos, era um
dever não fechar os ouvidos ao apelo que me vinha destes lados. Maldito seja
quem se nega aos seus nas horas apertadas. Mas, enquanto arengava, por mais que
iludisse os olhos, não consegui ressuscitar a figura inteiriça de meu pai e
sentá-la entre os homens bons do concelho. E era ela que eu precisava que
estivesse ali a ouvir-me, a aplaudir-me com as suas mãos terrosas ou a
mandar-me calar.
Sem comentários:
Enviar um comentário