• Em confronto com a
torrencialidade por vezes injustificada, desnecessária e até fatigante de um Günther Grass, e mesmo com as extensas
minúcias (estas prodigiosas!) de um Heinrich Böll, a «incontinência verbal»
de que me acusou certo crítico chega a parecer mutismo!
• Olhando o panorama
geopolítico, não me restam dúvidas de que avançamos velozmente para um sinistro
destino beckettiano – mundo «da privação e da
terminal desolação», sem lógica, sem coerência, finalidade ou razão, de
incertas e obscuras formas, onde os homens, rastejando moles e titubeantes como
novelos de lombrigas, se hão-de debater em vão para alcançar o parapeito da
insondável cisterna que os retém prisioneiros e ignorantes da sua sorte.
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