BREVE ADEUS
É um adeus que
te digo num poema,
Continente
solar,
Grande e
fremente coração de terra!
É um adeus de
poeta atribulado,
Que dos longes
da História
E na carne dos
seus
Veio ver a
negrura
De um pesadelo.
É um adeus que,
ao dizê-lo,
Se coalha nos
olhos marejados,
E dói tanto
Que não pode
ter versos demorados,
Que não pode
durar além do pranto.
Miguel Torga
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