Bruxelas, 7 de Junho de 1977 – Duas
velhas paixões reavivadas: Bosch e Breughel. A
tentação de Santo
António e a queda de Ícaro.
As fraquezas da condição humana expostas e as asas de cera da imaginação
abatidas. Duas parábolas exemplares, sobretudo a do filho de Dédalo. Porque, se a primeira
é um mero cilício de maceração para quem sempre cedeu ao império dos sentidos,
a segunda representa o esforço inglório do espírito, que apenas consegue
arrancar-se ao labirinto das paixões para se alçar a alturas interditas de onde
acaba por cair fulminado.
Sem comentários:
Enviar um comentário