terça-feira, 18 de junho de 2013

18 de Junho [1966]

Quase todas as noites, antes de adormecer, imagino cartas aos amigos ausentes a quem nunca escrevo: ao Adolfo, ao Chianca, ao Jorge de Sena
E, nesse sonho de epistológrafo telepático, mato saudades velhas, explico faltas que me ensanguentaram de remorsos (como ter falhado à minha promessa ao Jorge de Sena de elaborar um fingimento de crítica sobre o Junqueiro, etc.) – e assim enfio pelo túnel até desembocar no recorte das manhãs de ramela cor-de-rosa-azul…

J. Gomes Ferreira

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