Quase todas as noites, antes de adormecer, imagino cartas aos amigos
ausentes a quem nunca escrevo: ao Adolfo, ao Chianca, ao Jorge de Sena…
E, nesse sonho de epistológrafo telepático, mato saudades velhas,
explico faltas que me ensanguentaram de remorsos (como ter falhado à minha
promessa ao Jorge de Sena de elaborar um fingimento de crítica sobre o
Junqueiro, etc.) – e assim enfio pelo túnel até desembocar no recorte das
manhãs de ramela cor-de-rosa-azul…
J. Gomes Ferreira
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