Telefone. Corri. Era a Maria Almira com aquela voz-alegre-infeliz de
sempre.
– Estive uma semana sem dormir! – lamentou-se – mas escrevi muitos
poemas, sabe?… E tão diferentes dos que fiz até hoje!... Tão diferentes…
Gostaria que os lesse…
– Quando quiser...
Desligámos.
Terá finalmente conseguido exprimir (desprezando as qualidades e
aproveitando apenas os defeitos) a sua parte no naufrágio de todos nós?
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