Diante da Fábrica
da Tabaqueira, em Albarraque,
os deuses do neocapitalismo triunfante ergueram uma estátua solene ao Capital
de Sempre na forma de Alfredo
da Silva.
É o símbolo mais grosseiro que vi, até hoje, virado para o Sol: um
homem impertigadamente gordo e grosso, de fraque, bengala na mão direita e charuto (sim, CHARUTO!) na mão
esquerda. Uma autêntica caricatura de bronze insolente como que saída dos
primeiros romances neo-realistas que, pelo visto, não são tão inventados como
se nos afiguram agora, em pleno momento de idílio sórdido do neo-socialismo
(desossado do marxismo) com o neocapitalismo…
J. Gomes Ferreira
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