A ex-psicoterapeuta alemã Heidemarie
Schwermer, hoje com 69 anos, tornou-se uma
celebridade (um documentário sobre ela foi exibido nas TV de 30 países) por
viver há 16 anos "sem dinheiro". Pouco depois dos 50, abandonou o
emprego, doou o que tinha e passou a viver fazendo palestras e outros trabalhos
apenas a troco de tecto e comida, instalando-se em casa de amigos ou de pessoas
que vai conhecendo, que também lhe dão a roupa que veste e lhe pagam tudo o
resto, do cabeleireiro aos transportes.
"Muitas
pessoas têm problemas", explicou à BBC. "Eu escuto-as e ajudo-as a pensar sobre as suas
vidas". Isto é, continua a fazer psicoterapia, só que, agora, é paga em
géneros. Prescindiu do intermediário geral das trocas e redescobriu a troca
directa. E, assim, terá encontrado – diz – a felicidade.
Claro que as
coisas não são tão simples: "Testemunho milagres diariamente. Por exemplo,
no início, encontrava comida. Pensava nas coisas e depois encontrava-as na rua
ou as pessoas traziam-mas". A psicoterapeuta acredita "que estes
milagres acontecem devido à força do pensamento".
O dinheiro não
faz, já se sabia, a felicidade. No entanto, é com dinheiro que se compram
muitas das coisas que fazem a felicidade. O segredo de Heidemarie é que
consegue, pelos vistos, obtê-las com "a força do pensamento". Ou
então com o dinheiro dos outros. O que, vendo bem, não é tão incomum quanto
isso.
JN, 31/07/2012
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