Henry Miller. Sexus.
Mas não gosto. Sade
fez melhor e para sempre. E com a vantagem de o fazer por conta da imaginação.
Passou tanto tempo na cadeia, que certamente não praticou a milésima parte do
que descreve. E a melhor maneira de ser Robinson é sê-lo em Londres. Miller e os da sua
estirpe são adoradores concretos do próprio falo, cantam a glória da sua real
potência. Exibem a virilidade em cada página. E não há nada mais repugnante do
que um escritor a ejacular pela caneta.
Miguel Torga
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