sexta-feira, 5 de abril de 2013

5 de Abril [1966]

Nunca encontrei um pássaro morto na floresta!… assim começa um poema meu escrito há mais de trinta anos…
Pois agora, quando entro na minha casa de Albarraque (onde vou passar os fins-de-semana) deparam-se-me com frequência cadáveres de pardais dispersos pelos quartos.
Pobres aves! Penetram pela chaminé do escritório e, antes de morrerem de sede e de fome, sujam tudo de branco por vingança!
Uma vez, até, cobriram de esterco de protesto lírico o meu retrato pintado pelo Nikias Skapinakis.
Este, quando lhe contei o episódio, ficou ofendidíssimo com a colaboração.
JGF

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