sábado, 6 de abril de 2013

6 de Abril [1966]

Entreguei-me à leitura de As Imagens Destruídas do excelente Faure da Rosa, convencido de que iria encontrar as habituais virtudes de fina observação psicológica a par dos defeitos já reconhecidos. (v.g. o estilo, cujas palavras parecem por vezes desarrumadas por um vento especial que as mistura no papel…)
Afinal, com alta surpresa minha, deparou-se-me um romance empolgante, em que as qualidades se apuraram até à obliteração dos defeitos. Ou com mais propriedade: em que o ímpeto febril da leitura faz esquecer os possíveis defeitos. Um belo livro e um belo exemplo da Arte Mortal do nosso tempo – que despreza orgulhosamente o Futuro. Até porque o Futuro é, quase sempre, um «presente» parvo!
JGF

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