As voltas que a vida dá! O itinerário de um poeta! Acabo de discursar na
escola de Sabrosa onde na
meninice fiz o exame da quarta classe. Do mesmíssimo estrado que o júri ocupava
quando, de sobrolho carregado, apertava o torniquete do interrogatório, falei
eu hoje a uma assembleia de cavadores, alguns meus companheiros de então. E o
coração ainda me dói da sensação penosa que tive de estar novamente a prestar
provas, agora não do que sabia, mas do que era. Do que era num plano humano,
cultural e social que estivesse certo no mundo e ali.
Miguel Torga
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