A pedido de Gastão Cruz, mandei
para o Diário de Lisboa o seguinte
depoimento destinado a uma página central, do suplemento literário, dedicada ao
Graça:
«Pertenço
àquele grupinho tenaz que sempre acompanhou Fernando
Lopes-Graça desde os tempos do Desdém, quando admirá-lo constituía um
privilégio de meia dúzia de teimosos.
Pouco a
pouco, porém, como era inevitável, o talento desse homem, monge laico que se
entregou por completo à sua Arte e fez da música do povo português o sangue que
lhe corre nas veias, acabou por se impor, contra tudo e a favor de todos, como
uma grande verdade nacional.
Felizmente o
Destino – que tantas aspirações doces me tem recusado – não me negou esta: a de
assistir ao triunfo perfeito do grande músico europeu do Canto de Amor e de
Morte, que é também (não nos esqueçamos) um escritor de primeira água e
um exemplo de orgulhosa inteireza moral.»
JGF
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