quarta-feira, 10 de abril de 2013

10 de Abril [1966]

A pedido de Gastão Cruz, mandei para o Diário de Lisboa o seguinte depoimento destinado a uma página central, do suplemento literário, dedicada ao Graça:
«Pertenço àquele grupinho tenaz que sempre acompanhou Fernando Lopes-Graça desde os tempos do Desdém, quando admirá-lo constituía um privilégio de meia dúzia de teimosos.
Pouco a pouco, porém, como era inevitável, o talento desse homem, monge laico que se entregou por completo à sua Arte e fez da música do povo português o sangue que lhe corre nas veias, acabou por se impor, contra tudo e a favor de todos, como uma grande verdade nacional.
Felizmente o Destino – que tantas aspirações doces me tem recusado – não me negou esta: a de assistir ao triunfo perfeito do grande músico europeu do Canto de Amor e de Morte, que é também (não nos esqueçamos) um escritor de primeira água e um exemplo de orgulhosa inteireza moral.»
JGF

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