• A Política fora sempre a sua maior atracção: não a de governo ou de poder, mas a da Opinião. Ninguém esperaria que um Montesquieu, um Locke, um Muggridge, um Walter Lippmann, um Sartre, um Proença, etc. aspirassem a governar. A função desses homens é observar, teorizar, definir, esclarecer, criticar, e sobretudo formar e exercer a opinião democrática: a vigilância do poder que outros exercem. Não tendo podido assumir esse papel, a que aspirava talvez, a literatura tornou-se a sua «segunda escolha». Mas sem que ele renunciasse a nada do que pensava, e que sempre transpareceu na que escrevia.
• Desde que há tempos se casou com o fecundo romancista Caio Lago, a poetisa N. deixou de produzir: «Porquê?», pergunta alguém. «Porque caiu no lago e afogou-se!»
J. R. Miguéis
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