segunda-feira, 7 de março de 2011

“Tablóides” – 13 de Dezembro de 1973 [1]

A indecisão foi sempre a sua grande força propulsora: a que o levou, por contradição, a fazer tudo - o pouco! - que conseguiu levar a cabo. Resoluções súbitas, impulsos cegos, cabeçadas... Até que acabou por ficar só. Por sua própria vontade, supunha ele: na realidade, porque os outros o impeliram a isso. 
André Gide teria dito: «Claudel está convencido de que, quando morrer, vai para o Céu em carruagem pullman.» O que, tendo ouvido, Claudel comentou: «E ele, Gide, há-de ir para o Inferno… Metropolitano!»
O teu marido não gosta da Igreja, mas adora a burra (o bezerro de ouro), o que é bem pior.
J. R. Miguéis 

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