quarta-feira, 9 de março de 2011

ESPOSENDE (1)

     Esposende, vila airosa, de 1 800 hab., situada ao lado da foz do rio Cávado e dotada de uma aprazível praia marítima, vizinha e émula da praia de Ofir.

INFORMAÇÕES DIVERSAS
     Esf. mais próx. do cam. de ferro. — Barcelos (14 km E.); Póvoa de Varzim (18 km S.).
     Hotel. — Suave-Mar (32 q. com aparts).
     Pensões, restaurantes e cafés. — Diversos.
     Feira. — Quinzenal, às 2.as f.as, alternadas.
     Carr. reg. de cam. — Porto, Barcelos, Braga, Póvoa de Varzim.
     Est. de ensino. — Colégio Infante de Sagres.
     Inst. de assist. — Misericórdia, com hospital.
     Casa de espect. — Teatro (risco do arq. Ventura Terra).
     Desportos. — Pesca desportiva (com pavilhão de abrigo e bar).
     Arqueologia. — Citânia de Belinho (6 km N.).
     Etnografia (danças típicas). — Ronda de Vila Chã; Dança dos Sargaceiros da Apúlia (indumentária exótica).
     Miradouros da região. — * Monte de S. Lourenço.


     História. — No Liber Fidei, códice precioso da Bibl. Publ. de Braga (p. 805), aparecem frequentes vezes os antropónimos Spasandus e Spasandiz. Nas Inquirições de 1220 não há referências a Esposende, mas nas de 1258 é mencionada como lugar de Sancti Michaelis de Zopaes (Cepães), Marinhas. Na era dos Descobrimentos, Esposende tinha aglomerado demográfico bastante para ser elevado à categoria de vila (1572). A embocadura do Cávado era então relativamente acessível e desafogada. Os barcos de pesca e alguns navios à vela subiam até Fão. De um lado a outro do rio, em Esposende e em Fão, havia estaleiros. Com o tempo, a foz do rio assoreou-se consideravelmente, diminuindo a actividade da pesca e extinguindo-se a tradição de construção naval.
     Pela reforma administrativa de 1835, o termo de Esposende, até aí envolvido pelo conc. de Barcelos, emancipou-se, ficando constituída por 15 freg.: — Antas, Apúlia, Belinho, Curvos, Esposende, Fão, Fonteboa, Forjães, Gandra, Gemeses, Mar, Marinhas, Palmeira, Riotinto e Vila Chã.
     Filhos insignes da terra: Rodrigues Sampaio (1807-1858), jornalista e estadista de relevo do Liberalismo, e o Poeta António Correia de Oliveira (1879-1960).
Tema extraído do GUIA DE PORTUGAL, ENTRE DOURO E MINHO (4.º VOLUME), 
II – MINHO, 2.ª edição, de maio de 1986, p. 970.

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