Chã, Alijó, 14 de Abril de 1979 – A anta que coroa as romagens rituais a que me devoto em férias – sacrário megalítico diante do qual a minha religiosidade atávica, ao contrário do que aconteceria se o tabernáculo fosse outro, se prosterna sem complexos. Um templo pré-histórico, belo e sagrado como qualquer da História, com a vantagem da força do espírito ser visível na pedra bruta sem a ajuda de cinzéis. Meia dúzia de lajões erguidos, três pontos ideais, e um fragão ciclópico suspenso neles. A inquietação eterna pacificada no equilíbrio da inércia.
DIÁRIO (XIII), p. 88 e s.
Sem comentários:
Enviar um comentário