12 de Maio
Carta de Cuba, escrita a lápis, de um jovem poeta, Almelio Calderón, que conheci em Mollina (Málaga), no encontro que reuniu, à sombra do tema Literatura e transformação social, oitenta escritores «novos» e uma dúzia de escritores «velhos»: «Aquí en Cuba se lee mucho, a veces se publican obras que no satisfacen los deseos de los lectores. Nuestra política editorial es muy lenta, llevamos anos de atraso en cuantos a las obras universales. En estes momentos hay una gran crisis con el papel (no hay), casi todas las editoriales se encuentran paradas, se están editando una especies de "plaquet" que no satisfacen las demandas. [...] Aqui se están viviendo momentos historicos, muy únicos, muy importantes, muy intensos que espero que la historia sepa recibirlo en sus páginas. [...] Aqui le mando toda mi esperanza y mi fe hacia ustedes.»
Notícia de Lisboa: Cavaco Silva convidou Zita Seabra, pessoalmente, dizem-me, a ocupar o lugar de António Pedro de Vasconcelos no Secretariado para o Audiovisual. Depois de o vermos e sofrermos no Governo durante estes anos, parecia que já deveríamos saber tudo a respeito de Cavaco: as suas maldades e as suas bondades, os seus tiques e manias, a esperteza e a estupidez, a cartilha económica e a ignorância literária. Santo engano o nosso. Ainda nos faltava conhecer até que ponto ele era capaz de demonstrar o seu desprezo por alguém. Fê-lo agora. Salvo se... Salvo se eu estou enganado, e tudo isto, sendo farsa, é a sério. Caso em que não teremos mais remédio que desprezá-los nós. A ambos.
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