Segunda-feira, Maio 17
Despedida
Criados em Dezembro do ano passado, Os Cordoeiros surgiram mais como uma simples experiência lúdica de um novo meio de comunicação do que como concretização de um qualquer projecto. Entretanto, foram merecendo alguma atenção e ganharam algum corpo, talvez porque houvesse a ilusão de que poderiam corresponder a uma necessidade de expressão, sobretudo de magistrados e outros profissionais forenses, na fase conturbada que a Justiça atravessa. Este objectivo acabou por se tornar inviável, por razões que não importa referir. Anuncia-se, assim, o encerramento deste blog, dentro de dias. Fica, no entanto, a esperança de que esta efémera experiência constitua um pontapé de saída para novas e mais consistentes iniciativas de intervenção dos profissionais forenses num espaço de comunicação tão aliciante como este.
Agradece-se a atenção e a paciência de quantos nos visitaram e comentaram e as simpáticas referências e ligações dos muitos blogs que em nós repararam.
Bem hajam!
J. Rato e L. da Costa (que usaram o nickname Rato da Costa)
# posto por Rato da Costa @ 17.5.04
VENTANIA NA CORDOARIA
A “CODOARIA” é um espaço de livre expressão, como instituição que vive num Estado Democrático.
Como tal acolhe, com a mesma fraternidade, os que concordam e de mesmo modo, os que defenden o contrário. Este é o cerne da vivência democrática.
Tem sido, muitas vexes, uma voz incómoda do que se honra: detesta os salamaleques com poder, seja ele qual for. Da hierarquia, pseudo-hierarquia, já recebeu “encomendas”, sugestões de “cautelinhas”, desvelos de “cuidadinhos”. Sempre soube responder invocando uma coisa singela: o exercício da cidadania, concretizado, aqui, no chamada liberdade de expressão e pensamento. O signatário sempre assim respondeu, verbal e por escrito. E sempre teve a abertura de dizer que a proibição estatutária que não permite falar de processos faz tábua rasa da Constituição da República quando concede o direito de expressão, ressalvado que seja o segredo de justiça. Se toda a gente fala, por que não os magistrados, são eles cidadãos de 2ª classe?
A isto, a “HIERARQUIA” calou, limita-se, penso eu, a “fazer buscas” no blogue, esperando que se extinga ou se torne muito bem comportadinho que é o que querem de nós.
Ora, eu não gosto de hierarquias, sobremodo daqueles que se têm por detentoras da verdade e para quem a opinião do “inferior hierárquico” é uma “besteirice”. Aprecio o superior que lidera, que dá pistas, que estabelece objectivos que está sempre pronto para colocar os pontos nos “iiiii” quando se trata de fazer justiça, ante tudo e todos, a um colega. E que cuida de apreciar, fomentar e cultivar em todo o MINISTÉRIO PÙBLICO, uma CULTURA CONSTITUCIONAL. Não de acusador a todo o custo, mas de VERDADEIRO MAGISTRADO.
Por ser deste jeito, com culpabilidade minha que aceito e de que me penitencio, comecei por ser despedido, sem processo disciplinar, da Cordoaria. Mas depois, passados momentos, faça-se justiça, readmitido, sem necessidade de ordem jurisdicional.
Outros, cujo valor publicamente afirmo, demitiram-se “voluntariamente”. E dizem não voltar.
É a esses que me dirijo em especial
Com todas as diferenças, com todas as divergências, com todas as mundividências, o que pergunto “urbi et orbi” é se será de fechar a única janela que temos para o exterior.
Como já referi noutra sede, a minha disponibilidade é total, sem esquecer que, “para agradar a muitos é preciso não incomodar ninguém.”
Alberto Pinto Nogueira
Agradece-se a atenção e a paciência de quantos nos visitaram e comentaram e as simpáticas referências e ligações dos muitos blogs que em nós repararam.
Bem hajam!
J. Rato e L. da Costa (que usaram o nickname Rato da Costa)
# posto por Rato da Costa @ 17.5.04
Como tal acolhe, com a mesma fraternidade, os que concordam e de mesmo modo, os que defenden o contrário. Este é o cerne da vivência democrática.
Tem sido, muitas vexes, uma voz incómoda do que se honra: detesta os salamaleques com poder, seja ele qual for. Da hierarquia, pseudo-hierarquia, já recebeu “encomendas”, sugestões de “cautelinhas”, desvelos de “cuidadinhos”. Sempre soube responder invocando uma coisa singela: o exercício da cidadania, concretizado, aqui, no chamada liberdade de expressão e pensamento. O signatário sempre assim respondeu, verbal e por escrito. E sempre teve a abertura de dizer que a proibição estatutária que não permite falar de processos faz tábua rasa da Constituição da República quando concede o direito de expressão, ressalvado que seja o segredo de justiça. Se toda a gente fala, por que não os magistrados, são eles cidadãos de 2ª classe?
A isto, a “HIERARQUIA” calou, limita-se, penso eu, a “fazer buscas” no blogue, esperando que se extinga ou se torne muito bem comportadinho que é o que querem de nós.
Ora, eu não gosto de hierarquias, sobremodo daqueles que se têm por detentoras da verdade e para quem a opinião do “inferior hierárquico” é uma “besteirice”. Aprecio o superior que lidera, que dá pistas, que estabelece objectivos que está sempre pronto para colocar os pontos nos “iiiii” quando se trata de fazer justiça, ante tudo e todos, a um colega. E que cuida de apreciar, fomentar e cultivar em todo o MINISTÉRIO PÙBLICO, uma CULTURA CONSTITUCIONAL. Não de acusador a todo o custo, mas de VERDADEIRO MAGISTRADO.
Por ser deste jeito, com culpabilidade minha que aceito e de que me penitencio, comecei por ser despedido, sem processo disciplinar, da Cordoaria. Mas depois, passados momentos, faça-se justiça, readmitido, sem necessidade de ordem jurisdicional.
Outros, cujo valor publicamente afirmo, demitiram-se “voluntariamente”. E dizem não voltar.
É a esses que me dirijo em especial
Com todas as diferenças, com todas as divergências, com todas as mundividências, o que pergunto “urbi et orbi” é se será de fechar a única janela que temos para o exterior.
Como já referi noutra sede, a minha disponibilidade é total, sem esquecer que, “para agradar a muitos é preciso não incomodar ninguém.”
Alberto Pinto Nogueira
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