Livre, poeta, livre!
A noite é o teu Jardim das Oliveiras:
Ninguém te vê, nem ouve, nem pressente.
Dormem os inimigos
E os amigos.
Corre, e canta a correr, água corrente!
Purifica o teu espírito mortal
Numa decantação de melodias.
Estrema o oiro do bem das areias do mal,
O oiro que te vem de fundas galerias...
E quando a luz do sol chegar de novo,
Entrega ao desespero do teu povo
O poema de amor que lhe fizeste:
Meia dúzia de versos, que serão
Uma espécie de pão
Celeste.
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