Para fazer os meus versos
não posso ficar em casa.
O tecto prende-me a alma
inquieta qual bater de asa.
A secretária e a cadeira
não bastam para os poemas:
não cabe lá a alma inteira
nos seus variados temas.
Irei percorrer os campos
e, envolto em flores e verdura,
ver a imagem do Infinito
nos longes da planura.
Irei às florestas virgens
deixando longe a cidade.
Sentirei intensamente
o prazer da novidade.
Irei ao mar e, nas ondas
movediças e inquietas,
sentirei o mar da Vida
e a ansiedade dos poetas.
ESTRELAS CADENTES
Sem comentários:
Enviar um comentário