Sexta-feira, Maio 14
Dirás que escrevo poemas...
dirás que escrevo poemas
para dizer a verdade.
não.
escrevo poemas
por exercício físico,
ou pela discussão metafísica
sobre onde se esconde a verdade.
dirás que escrevo poemas
para escrever minha dor,
ou meu afeto.
enganas-te.
escrevo pela diversão
de contar mentiras emocionadas.
não canto estrelas,
céus, ou pores-de-sol.
diverte-me a música das palavras.
dirás que escrevo poemas
porque tenho a visão iluminada.
nunca terás te enganado tanto.
há alguma luz lá fora.
não é minha,
paira sobre o mundo,
ainda que teimem em escurecê-la.
não a capto.
desfruto-a sempre que posso.
talvez escrever seja desfrutar a luz,
anotá-la em palavras.
silvia chueire
# posto por Rato da Costa @ 14.5.04
para dizer a verdade.
não.
escrevo poemas
por exercício físico,
ou pela discussão metafísica
sobre onde se esconde a verdade.
dirás que escrevo poemas
para escrever minha dor,
ou meu afeto.
enganas-te.
escrevo pela diversão
de contar mentiras emocionadas.
não canto estrelas,
céus, ou pores-de-sol.
diverte-me a música das palavras.
dirás que escrevo poemas
porque tenho a visão iluminada.
nunca terás te enganado tanto.
há alguma luz lá fora.
não é minha,
paira sobre o mundo,
ainda que teimem em escurecê-la.
não a capto.
desfruto-a sempre que posso.
talvez escrever seja desfrutar a luz,
anotá-la em palavras.
silvia chueire
# posto por Rato da Costa @ 14.5.04
Estatísticas da Justiça 2002
Estão disponíveis na Internet as Estatíscas da Justiça 2002.
Na apresentação deste 49.º volume, salientam-se algumas inovações: a inserção de dados relativos à aplicação da medida de obrigação de permanência na habitação através da utilização da vigilância electrónica, fornecidos pelo Instituto de Reinserção Social; a inclusão de dados relativos aos julgados de paz, tribunais recentemente introduzidos no ordenamento jurídico português; a apresentação dos primeiros resultados relativos aprocessos tutelares educativos na fase de inquérito, que espelham a actuação do Ministério Público nesta área após a reforma introduzida no nosso sistema com a entrada em vigor da Lei n.º 166/99, de 14 de Setembro.
A utilidade da consulta destas estatísticas é manifesta, como se reconhece emposts antecedentes e respectivos comentários.
# posto por Rato da Costa @ 14.5.04
Na apresentação deste 49.º volume, salientam-se algumas inovações: a inserção de dados relativos à aplicação da medida de obrigação de permanência na habitação através da utilização da vigilância electrónica, fornecidos pelo Instituto de Reinserção Social; a inclusão de dados relativos aos julgados de paz, tribunais recentemente introduzidos no ordenamento jurídico português; a apresentação dos primeiros resultados relativos aprocessos tutelares educativos na fase de inquérito, que espelham a actuação do Ministério Público nesta área após a reforma introduzida no nosso sistema com a entrada em vigor da Lei n.º 166/99, de 14 de Setembro.
A utilidade da consulta destas estatísticas é manifesta, como se reconhece emposts antecedentes e respectivos comentários.
# posto por Rato da Costa @ 14.5.04
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
Actualização: Onde está escrito "O poeta...", leia-se "Cordoeiro...".
A equipa d' Os Cordoeiros está recomposta (penso que...). Foi tudo um fingimento.
L.C.
# posto por Rato da Costa @ 14.5.04
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
Actualização: Onde está escrito "O poeta...", leia-se "Cordoeiro...".
A equipa d' Os Cordoeiros está recomposta (penso que...). Foi tudo um fingimento.
L.C.
# posto por Rato da Costa @ 14.5.04
Otto Dix (1891-1969). Ritratto di avvocato
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