S. Martinho de Anta, 12 de Maio de 1979 – O jardim em festa. Azáleas, glicínias, rododendros, lírios, lilases, rosas, pionias. Um oásis de cor e de perfume plantado por mim e cavado por mim, que, mais dia menos dia, vai ficar ao abandono, comido de silvas e de urtigas. É triste, mas é necessário. Tem de chegar a vez a todos. É preciso deixar o campo livre a outro poeta que venha inventar de novo a natureza e cantá-la também, convencido de que está a cantar a eternidade das coisas e dele.
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