Encontrei,
entre papéis velhos, estas respostas a duas perguntas que me fizeram já não sei
bem quando nem quem. Suponho que a Redacção de um jornal de jovens qualquer de
Coimbra.
«I – O papel da Arte na vida do homem?
– Recrear,
chatear (depois mudei para maçar),
protestar, suplicar, iludir, adormecer, acordar, chorar, cantar, desfear,
embelezar, berrar…
Tudo menos
tornar o Homem Anti-Homem.
II – O papel da juventude no mundo?
– Envelhecer…
Mas envelhecer para mim não é caminhar cegamente para a morte. Envelhecer é
construir a juventude voluntária que,
embora a gente nova por lei da natureza não acredite, vale quase sempre mais do
que a outra, a involuntária.
Claro, o
ideal seria que as duas juventudes coincidissem, como parece acontecer na
mocidade actual.»
(Escrevi este
pormenor final num momento de bela luta varonil da Academia contra o Governo.
Hoje soa a lisonja – o que me pinta o coração de amarelo – ferrugem – desgosto
vil…)
JGF
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