• Não sei como é que o homo norte-americano, obrigado a lavar a
louça e a olhar pelo bebé enquanto a esposa vai jogar o brídege com as
vizinhas, ou fazer o seu loto à igreja paroquial, arranja tempo para produzir
tanto romance, conto, obra histórica e peças de teatro. (2 de Janeiro de 1963)
Mas é dessas experiências, sobretudo com alguma erótica à mistura, que ele
nutre as suas obras! Como, aliás, vai acontecendo também em França.
• Quando solicitado, o F. é
capaz de chegar às fronteiras da loucura; de outro modo, fica no seu canto,
imóvel, reduzido a zero, incapaz de iniciativa e de acção: um «trouxa», como
lhe diz a Aurélia.
• O mérito do escritor não
está só em pensar ideias novas: mas em ir, intuitivamente, ao encontro do que
outros pensam, e dar-lhes eco.
JRM
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