Meditação de
auto-análise com a concludente sentença absolvidora de que não trago o coração
sujo de inveja ou de qualquer outra fuligem similar – embora nestes exames de
consciência a sinceridade dos homens se enrede sempre em novelos de difícil
destrinça.
Por outro
lado, essa aparente virtude pode apenas corresponder a uma magnífica vaidade
oca, adstrita à convicção parva de superioridade e desdém.
Ou pior
ainda: ao resignado acreditar naquela voz que berra em mim desde a infância:
«olha que tens mais do que mereces!... Goza, goza o equívoco!»
JGF
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