terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

“Tablóides” - 27 de Setembro de 1966

• Alguém censurava asperamente a obra de Egas Moniz, sobretudo quanto à angiografia cerebral, que, segundo o crítico, «custou o sacrifício de algumas vidas» (aliás já condenadas). E o que é que não «custa vidas»? Chamou-lhe mesmo «ignorante». Contra isso, algumas autoridades atribuem-lhe as duas maiores inovações da neurologia actual: precisamente as que o crítico condena. Da lobotomia (hoje pouco em voga) pode dizer-se que foi obra de intuição – mas genial. Como a de Colombo, que descobriu a América sem nunca verdadeiramente lá ter chegado, a de Egas abriu caminho à cirurgia cerebral, todo um novo continente da ciência médica aplicada! 

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