Artur Virgílio Alves Reis (Lisboa, 3 de Setembro de 1898 - 9 de Julho de 1955) foi certamente o maior burlão da história portuguesa e possivelmente um dos maiores do Mundo. Foi o cabecilha da maior falsificação de notas de banco da História: as notas de 500 escudos, efígie Vasco da Gama, em 1925.
Francisco Teixeira da Mota escreveu o livro "Alves Reis - Uma História Portuguesa".
A biografia de uma personagem apaixonante que pôs Portugal nas primeiras páginas dos jornais em todo o mundo.
Artur Virgílio Alves Reis nasceu em Lisboa em 1898. De origens modestas, começou a ter contacto com os problemas económicos ao ver o negócio do pai, cangalheiro de profissão, irem por água abaixo, obrigando-o a desistir do curso de Engenharia.
Todavia a enorme vontade de vencer na vida e uma imensa capacidade de transformar a realidade não o deixam desanimar. Com apenas 17 anos casa com Maria Luisa Jacobetti de Azevedo. Graças às influências da família da mulher e de um diploma falso emitido por uma faculdade de Oxford que não existia consegue o lugar de director na Companhia dos Caminhos-de-Ferro de Moçâmedes. No regresso a Lisboa compra uma empresa de ferroviária em Angola com um cheque sem cobertura. Preso numa cadeia do Porto, aproveita os quase dois meses de prisão para idealizar a maior burla que Portugal conheceu: a falsificação de dois milhões de notas de 500$00.
Mas não se fica por aqui: Alves Reis compra empresas de automóveis e companhias mineiras, funda bancos, falsifica contratos, revelando não apenas uma personalidade dotada de raro engenho, como apresentando-se ao leitor como uma personagem invulgarmente fascinante.
Sem comentários:
Enviar um comentário