Ilha de Armona, Olhão, 21 de Agosto de 1980 – Não sei se haverá no mundo
outro país tão pequeno como Portugal com tantos sítios remotos onde a solidão
se possa refugiar. Redutos de areia ou de fraga que permitem a total nudez ao
corpo e ao espírito, quando ambos precisam da mais ilimitada liberdade e do
mais íntimo recato. Lugares que, além de propiciatoriamente isolados, são ainda
excepções à lei agressiva da natureza. De tal modo isentos panoramicamente, que
parece não darem sequer pela nossa presença.
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