(A memória de Miguel Ramos) – Letra e música de José Afonso
Amigo
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Em terras
Em todas as fronteiras
Seja bem vindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também
Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte
todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também
TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉM (Letra e música de José Afonso)
Qualquer semelhança entre a epígrafe sintetizadora da amizade e "Uma Casa Portuguesa" é pura coincidência. Por falta de méritos próprios sempre fui avesso a certas consagrações emblemáticas das virtudes lusas ou de quaisquer outras. Prefiro alinhar numa exposição de artes domésticas ao lado da panela de ferro ou do paio de Arraiolos. Um patrocinador de programas publicitários lembrou-se um dia de associar o prato de resistência dos Vampiros à conhecida marca de pudins Royal com a recomendação de que os meninos, deviam fazer como esses senhores que "comem tudo e não deixam nada".
A memória de Miguel Ramos a quem a canção é dedicada resiste a qualquer apropriação menos directa do que a que lhe pretendi dar. Que me perdoem os negociantes de palavras. O slogan: "seja bem-vindo…" refere-se aos amigos de Miguel Ramos. "Os amigos do meu amigo meus amigos são".
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