S. João da Pesqueira, 23 de Agosto de 1979 – Olho mais uma vez de um dos seus altos mirantes este meu Doiro, único rio emblemático de Portugal, e a sucessão tumultuosa de montes que vai sulcando. E dou íntimas graças ao destino por me ter feito nascer num cenário assim, tão naturalmente grandioso e onde tão naturalmente me sinto poeta. Não há bardo sem palco próprio. O meu não podia ser outro. A minha voz é também uma levada barrenta de esperança que tenta rasgar e reflectir a majestosa e tormentosa orografia da vida.
p. 107
Sem comentários:
Enviar um comentário