• Este casalinho lisboeta, de «boa» família, como não podia deixar de ser, chegado havia pouco a Nova Iorque, resolveu comprar fiado no luxuoso supermercado da esquina: «Temos de habituar estes gajos», dizia o marido, esperto e experto em calote. Encheu o cabaz de mercearias e, no fim, diz-lhe o gerente da loja: «Temos aqui uma continha em atraso, da semana passada.» «Estou à espera do cheque», torna o compatriota, «e para a semana, sem falta...» «Muito bem, quando tiver pago o atrasado voltaremos a fazer negócio!» E delicadamente tirou-lhe o pacote dos braços.
Contraste da cultura!
• O mais estranho ou curioso do caso era que ele recusasse a si próprio o direito de envelhecer, que estava pronto a reconhecer aos outros – mesmo quando dez ou vinte anos mais novos que ele...
• Vico (1668-1774), o famoso filósofo napolitano (Ciência Nova, Princípios da Filosofia da História, etc.), aprendeu o latim pela gramática de um padre português, Gonçalves, se não erro. Quando voltaremos nós a ouvir dizer de um estrangeiro, sábio e criador, que tenha aprendido no livro de um português?
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