• Escrever é uma acção inútil ou gratuita: é a leitura que a torna útil. Há quem escreva por não ter nada que dizer, ou para preencher o vácuo interior. Eu creio que escrever é, entre outras coisas, libertar-se: da angústia e não sei de quanto mais! (Dantes era uma vocação ou devoção: hoje é uma penosa obrigação...) Diz Pingaud que «escrevemos por não sabermos expressar-nos». E mais longe: «Para escrever é preciso estar absolutamente só. (Não que isso) seja um meio de romper a solidão: é, antes, uma maneira de a reforçar.» Lembre-se que a solidão é a condição do onanismo!
• Neste nosso mundo da «política de ideias» ou ideologias, senão da falta delas, uns correm perigos, e os outros correm... empregos (ou situações), como quem corre garraios...
• Dois conhecidos homens de letras discutem acaloradamente os acontecimentos políticos. Um deles, mais exaltado, brada acerta altura: «Ora, meu amigo! Tire a abelha da chuva!...» Carlos de Oliveira.
P.S.: Que o admirado poeta e romancista se não sinta visado, e nos perdoe o – irresistível! – jogo de palavras, que alguém nos comunicou de o ter ouvido na rua.
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