Tenho o oiro, e não posso
Arrancá-lo do cerne da montanha!
O filão de lirismo é um verso esquivo
Que atravessa a dureza do granito.
Rompo, perfuro dia e noite, e apenas
Cavo mais funda a própria sepultura...
Toupeira cega, mas obstinada,
Vou morrendo na lura
Que desejava ver iluminada.
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