Sonho pouco. Ou com mais
propriedade: raras vezes me recordo dos sonhos nocturnos.
Esta manhã, porém, embora me tenha esquecido
de inúmeros pormenores de ligação, lembro-me perfeitamente do pesadelo da noite
passada.
Tudo começou num
elevador, onde entrei na companhia dum homem de olhos de galo – elevador que, em lugar de subir,
não sei por que manobra onírica, pôs-se a andar horizontalmente.
A certa altura parou e o
homem de olhos de galo disse-me que saltasse.
Encontrei-me então numa
cidade desconhecida em que o edifício da praça principal ostentava na fachada,
em letras enormes, um VIVA A MONARQUIA! insólito.
Desejoso de descobrir o
nome da cidade, percorri-a em várias direcções, embora soubesse que a
verdadeira razão dessa busca era outra, aliás impossível de descobrir.
A imagem mais
perturbadora foi a última: uma longa sala em cotovelo, espécie de enfermaria onde se enfileiravam
dezenas de leitos, enquanto, no chão, um bicho repelentemente enorme e gordo
perseguia um aranhiço de pernas finas.
Neste momento a luz
apagou-se.
Quando reapareceu, a
aranha das pernas finas tinha devorado o monstro gordo do pesadelo.
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