quarta-feira, 10 de julho de 2013

10 de Julho [1966]

O Chianca de Garcia que recomeçou as suas crónicas do Rio de Janeiro no Diário de Lisboa, falando do Campeonato de Futebol do Mundo (actual loucura do planeta e, principalmente, do Brasil) citou, a propósito, estes versos de circunstância de Carlos Drummond de Andrade, publicados recentemente, por certo com aplausos gerais:

… enquanto o povo preso ao transístor
com angústia, impaciência, febre, amor,
nosso escrete acompanha pela Europa
– não nos deixes, Pelé, sem esta Copa.

Não pude deixar de pensar: e se eu ousasse publicar em Portugal uns versos ao nosso futebolista Eusébio, que diriam de mim?
Que era parvo – pelo menos. (Até porque me falta a autoridade do talento do Drummond.)
J. Gomes Ferreira

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