O Chianca de Garcia que
recomeçou as suas crónicas do Rio de Janeiro no Diário de Lisboa, falando do Campeonato de Futebol do Mundo (actual
loucura do planeta e, principalmente, do Brasil) citou, a propósito, estes
versos de circunstância de Carlos Drummond
de Andrade, publicados recentemente, por certo com aplausos gerais:
… enquanto o
povo preso ao transístor
com angústia,
impaciência, febre, amor,
nosso escrete
acompanha pela Europa
– não nos
deixes, Pelé, sem esta Copa.
Não pude
deixar de pensar: e se eu ousasse publicar em Portugal uns versos ao nosso
futebolista Eusébio,
que diriam de mim?
Que era parvo
– pelo menos. (Até porque me falta a autoridade do talento do Drummond.)
J. Gomes Ferreira
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