RENÚNCIA
Agora, que não vens, é que sossego.
Lucidamente, nego
Tudo quanto sonhei.
Desaperto o nó cego
Que apertei
Na hora cega em que te conheci.
Sou eu de novo só, como nasci,
A subir o calvário
Sem ninguém que me valha.
Sem deixar o sudário
Em nenhuma toalha…
Miguel Torga, DIÁRIO (XII)
Sem comentários:
Enviar um comentário