ANÁTEMA
Não amas, e não
podes
Ler o livro da
vida.
Sem amor
nenhuns olhos são videntes.
A tarde triste
é o sol que não consentes
Ao coração.
Mundo de
solidão,
O que
atravessas,
É um deserto
habitado
Onde apenas
tropeças
Na sombra do
teu eu desencantado.
DIÁRIO (XII), Miguel Torga
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