No jardim deserto,
Já Novembro perto,
Desfolhei as rosas
últimas a dar,
Jóias maltratadas,
Rosas desfolhadas!
Só o seu perfume vai
ficar no ar.
Recolhi versos
– Breves universos –
Que atirara ao vento
para os espalhar.
Queimei-os,
rasguei-os.
Secaram-me os seios…
Só rimas e ritmos vão
ficar no ar.
Saudades, lembranças
De vãs esperanças,
Fiz covais no peito
para os enterrar.
Nada mais me importa.
Fechem essa porta!
Só um pó doirado vai
ficar no ar.
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