Ninguém pode
morrer sem visitar Veneza
pelo menos uma vez. Encontrar os espaços de silêncio e de poesia nesta cidade
sem carros é uma arte no meio de milhares de turistas. Mas consegue-se, a pé,
por pontes, becos, ruas estreitas e canais. Instalámo-nos no velho Palazzo
Mocenigo, o mesmo onde Byron
viveu, perto da Ponte
Accademia. Hoje é possível, embora difícil, alugar naquele edifício um
estúdio no rés-do-chão encostado ao Grande Canal.
Sai mais barato do que um hotel. Sente-se que se está em casa própria, vendo o
espelho de água, os vaporettos,
os cais, as gôndolas,
as luzes, o movimento. Hoje de manhã fomos apanhados pelo terramoto e a casa
dançou levemente como se estivesse em cima de uma jangada, sobre lamas e
estacas. Ontem estivemos no caríssimo e emblemático café literário Florian, na Piazza S. Marco.
Imperdível.
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