quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Veneza, 29 de maio de 21012

Ninguém pode morrer sem visitar Veneza pelo menos uma vez. Encontrar os espaços de silêncio e de poesia nesta cidade sem carros é uma arte no meio de milhares de turistas. Mas consegue-se, a pé, por pontes, becos, ruas estreitas e canais. Instalámo-nos no velho Palazzo Mocenigo, o mesmo onde Byron viveu, perto da Ponte Accademia. Hoje é possível, embora difícil, alugar naquele edifício um estúdio no rés-do-chão encostado ao Grande Canal. Sai mais barato do que um hotel. Sente-se que se está em casa própria, vendo o espelho de água, os vaporettos, os cais, as gôndolas, as luzes, o movimento. Hoje de manhã fomos apanhados pelo terramoto e a casa dançou levemente como se estivesse em cima de uma jangada, sobre lamas e estacas. Ontem estivemos no caríssimo e emblemático café literário Florian, na Piazza S. Marco. Imperdível. 

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