Não só os alunos portugueses "sabem mais", a crer no recente Relatório da OCDE, como também os portugueses em geral, desta vez a crer no Barómetro Global da Corrupção 2010 da "Transparency International", sabem, ou julgam saber, mais.
83% deles sabem agora, ou julgam saber, que há em Portugal mais corrupção do que havia há três anos, sendo que, ao que também julgam saber, as mais corruptas instituições portuguesas são os partidos políticos, a quem, num máximo de 5, dão a honrosa classificação de 4,2 em corrupção (distintos "cum laude" em corrupção, acima do Parlamento, que não vai além dos 3,7). Por fim, 75% dos portugueses sabem ainda, ou julgam saber, que as medidas do Governo contra a corrupção são ineficazes (não parece é que saibam, mas também ninguém lhe perguntou, por que estranha razão isso sucederá).
Acontece com os portugueses é que, sabendo mais, em vez de se tornarem sabedores tornam-se sabidos. Assim, os poucos deles que ainda votam continuam a votar em governos constituídos pelos mesmos partidos de sempre, talvez, quem sabe?, com a sabida expectativa de que lhes toque alguma migalha da mesa do banquete, nem que seja só uma viagem de autocarro a Fátima ou mais uma rotunda ou pavilhão multiusos lá na terra.
Apesar de saberem ou julgarem saber cada vez mais, a atitude dos portugueses perante tudo o que vão sabendo é, por isso, muito portuguesmente, a de não querer saber.Não só os alunos portugueses "sabem mais", a crer no recente Relatório da OCDE, como também os portugueses em geral, desta vez a crer no Barómetro Global da Corrupção 2010 da "Transparency International", sabem, ou julgam saber, mais.
83% deles sabem agora, ou julgam saber, que há em Portugal mais corrupção do que havia há três anos, sendo que, ao que também julgam saber, as mais corruptas instituições portuguesas são os partidos políticos, a quem, num máximo de 5, dão a honrosa classificação de 4,2 em corrupção (distintos "cum laude" em corrupção, acima do Parlamento, que não vai além dos 3,7). Por fim, 75% dos portugueses sabem ainda, ou julgam saber, que as medidas do Governo contra a corrupção são ineficazes (não parece é que saibam, mas também ninguém lhe perguntou, por que estranha razão isso sucederá).
Acontece com os portugueses é que, sabendo mais, em vez de se tornarem sabedores tornam-se sabidos. Assim, os poucos deles que ainda votam continuam a votar em governos constituídos pelos mesmos partidos de sempre, talvez, quem sabe?, com a sabida expectativa de que lhes toque alguma migalha da mesa do banquete, nem que seja só uma viagem de autocarro a Fátima ou mais uma rotunda ou pavilhão multiusos lá na terra.
Apesar de saberem ou julgarem saber cada vez mais, a atitude dos portugueses perante tudo o que vão sabendo é, por isso, muito portuguesmente, a de não querer saber.
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