Ontem, no Coliseu, Stravinski que
anda a despedir-se do mundo, encostado à bengala dos seus oitenta e tantos
anos, ainda criadores. (Está a escrever um Requiem – comunicou
aos jornalistas.)
Corremos todos para a apoteose do Coliseu à cunha. (Muitos encontrões
e abraços a velhos amigos nos corredores…)
No programa A Sagração da
Primavera dirigida por Robert Craft.
A segunda parte foi preenchida por Oedipus Rex sob a
regência de Stravinski – sempre a lembrar-se de que tinha a obrigação de ser
Stravinski, mesmo com 80 anos.
A Orquestra da Emissora fez o mais que pôde e até o que não pôde.
Mas em certos momentos – não sei como o génio resistiu a utilizar a
bengala de valetudinário…
J. Gomes Ferreira
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