As minhas aventuras no Estado
começaram com a encomenda de um trabalho. Quando o acabei, ao trabalho, mal eu
sabia que os trabalhos estavam só a começar!
Chegada a altura de pagar,
perguntou-me o Estado: «Deves alguma coisa à Segurança Social?». «Não»,
respondi eu. E o Estado: «O que tu dizes não interessa, que fale a Segurança
Social ou daqui não levas nada...»
Foi assim que me pus, fermoso
e não seguro, a caminho da Segurança Social. Depois de horas de espera, primeiro
para arranjar um requerimento, depois para o entregar, a Segurança Social
informou-me finalmente (seria impressão minha, ou a Segurança Social soltou um
risinho de gozo?) que, dentro de 10 dias, diria de sua justiça. Passaram 10
dias, passaram 15, passou um mês, passou mês e meio... Telefonei para a Segurança
Social. À volta da nau rodei três vezes, três vezes rodei imundo e grosso, e
soube ao fim de rodar três vezes que era melhor telefonar de manhã, «porque
elas, de tarde, desligam o telefone». Desde então tenho passado as manhãs a
telefonar para a Segurança Social. Os argonautas não telefonaram metade das
vezes para chegarem ao Velo de Oiro! Porque se, de tarde, «elas» desligam o
telefone, de manhã não atendem...
(Não perca na próxima crónica
novos e emocionantes episódios...)
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