Ai! Não há gente
Mais valente e prazenteira
Do que esta cá da fronteira
Do Norte de Portugal!
Nem tão alegre
Como a tua, ó Montalegre,
Gente forte cá do Norte,
Que nada teme, afinal!
É Montalegre o meu suave cantinho,
Chamem-lhe embora os outros Terra Fria;
Alegre e quente é sempre a paz de um ninho,
É Montalegre é a terra da alegria.
Guarda avançada desta Lusa Terra,
Do teu castelo, eu vejo nas ameias,
Igual àquele que me reflui nas veias,
Sangue de heróis, vertido em tanta guerra!
O teu castelo,
Quando à noite o luar
Vem do céu pró o beijar,
Gosto de vê-lo:
Lembra um guerreiro,
Desses tempos de então,
A quem o coração,
Fez prisioneiro
Nestas alturas,
Desta terra sem par
Que também sabe amar
Mesmo entre agruras;
Então eu creio,
Vendo-o tão belo,
Que és tu a fada
Enamorada
Do castelo!
Autor: Padre Ângelo do Carmo Minhava
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