quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Dia-a-dia


Há-de haver trinta anos, a uma amiga vinte anos mais nova, chamou ele por distracção «mamã» – como é corrente nos países nórdicos –, e ela respingou: «Eu não quero ser sua mãe!» Há pouco, já velho, num acesso de espontânea ternura chamou «filha» a uma mulher quase quarenta anos sua júnior, a quem quer bem, e ela tomou, de testa franzida: «Mas eu não quero ser sua filha!» Perplexidade dele: «Que quer ela? Que queria a outra? Que querem as mulheres? Muito difícil nos é entendê-las!» O pobre, com toda a sua experiência, ainda não tinha entendido que elas querem apenas ser suas Iguais! [JRM, 2/8/1977]

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