terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Dia-a-dia

No oco da noite, é apenas a criança entregue ao perigoso jogo de viver, buscando alucinadamente na Cidade familiar, obscura e desconhecida, o rosto do Amigo que perdeu! E quando, julgando avistá-lo e reconhecê-lo de longe, corre de braços abertos ao seu encontro, com um brado de alegria, verifica com dor e espanto que se enganou: é um rosto estranho! Desfaz-se então em abjectas desculpas, para acordar num suor de agonia – adulta. [JRM, 2/3/1977]

Sem comentários:

Enviar um comentário