sábado, 24 de dezembro de 2011

24 de Dezembro

As ideias de Deus, céu, inferno, pecado, alma, eternidade, etc. estiveram sempre ausentes da sua obra, segundo um crítico religioso. Ainda hoje ele se espanta de que tantos homens ilustres tenham vivido a debater tais problemas e a sofrer por eles. E, no entanto, ele tem vivido e sofrido tanto como eles, se não mais, angústias, renúncias, privações, inquietações. Os outros punham em tudo isso o rótulo da Crença; ele sofria apenas como homem, sem qualquer intervenção da metafísica ou da divindade. A sua cruz era real, mas a sua religião não tinha nome.
Como é consolador saber que neste instante alguém no mundo está pensando em ti! Alguém com quem tu podes, em segredo e liberdade, conversar – ou só monologar – imaginariamente... [JRM, 2/3/1977]

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